Imóvel do Banco do Brasil
Lélia confirma denúncia
Lélia confirma denúncia
"Caro Celso Martins,
Um amigo comum alertou sobre o post "Atenção Banco do Brasil - prédio cedido em comodato vai ser usado para outro fim" no teu blogue "Sambaqui na rede" e que acabo de ler. Como fui a Superintendente da época e por ti citada para "dirimir dúvidas", vou dar os esclarecimentos que sei quanto ao Termo de Comodato assinado entre a Fundação Franklin Cascaes e o Banco do Brasil, num primeiro momento e, posteriormente, entre a Prefeitura de Florianópolis e a Superintendência Estadual do Banco do Brasil de Santa Catarina.
Também quero te dizer, antes de mais nada, que me dei o trabalho de conferir as tuas informações e o teu alerta é verdadeiro e preocupante, sem dúvida nenhuma.
Vamos aos Fatos:
1. Foi assinado em praça pública, após um concerto de Natal, em dezembro de 1998, um protocolo de intenções entre a Fundação Franklin Cascaes e o Banco do Brasil, cuja a finalidade era a cessão do referido Prédio, área de cerca 600m², que sediou a primeira agência do BB, para abrigar um Centro de Cultura de Florianópolis, como o BB tem em outras capitais do Brasil. Este termo foi assinado por mim e pelo Superintendente do BB.
Foi uma longa caminhada para resolver os aspectos legais da cessão e a sua restauração. E quem assumiria o ônus na restauração daquele belo prédio de Art Déco. O Banco do Brasil de Florianópolis foi um grande parceiro desde o primeiro momento, participando de todas as fases da restauração daquele prédio que jazia abandonado. Participei diretamente de todas as etapas e até onde eu tenho conhecimento foi assinado um Termo de Comodato por um tempo determinado e com o fim específico de uso: abrigar um Centro Cultural, sendo no andar térreo para exposição do patrimônio cultural imaterial. Uma porta aberta para a cultura local: exposição de rendas, artesanato de referência, exposições temporárias de acordo com o calendário cultural do município. Até o grande Cofre que está na parte de baixo seria utilizado com exposições ligadas a história do B.do Brasil. Ali abrigaria, também, o Museu do Carnaval. Na parte lateral, cuja a porta abre para a rua Tiradentes, seria para realização de oficinas como a de adereços de carnaval, já desenvolvidas pela Aflov. A parte superior seria (e foi) destinada a Galeria Municipal de Arte Meyer Filho.
2. O termo de Comodato foi assinado entre a Prefeita Municipal e a Senhora Melânia, então Superintendente do BB e desconheço o seu conteúdo, pois deixei a Fundação em abril de 2004;
3. Por necessidade de espaço, naquele ano de 2004, decidiu-se alocar o Arquivo Municipal de Florianópolis, que pertence a Secretaria da Administração, no andar térreo do referido imóvel, contrariando o projeto inicial. No entanto, desconheço se o Termo de Comodato assinado alterou esta finalidade. E também reconheço que o acervo é valioso e merecia um espaço condigno. Todavia, na minha opinião, não devia ser o prédio do Banco do Brasil. Ali seria o Centro Cultural de Florianópolis.
4. Se o Prédio PERTENCE ainda ao Banco do Brasil e está cedido em Comodato para uso Cultural não pode ser dado outro destino, salvo melhor juízo. O que me informaram hoje à tarde é que parte do andar térreo será ocupada pela "UNIMED" dos funcionários da Prefeitura e já estão providenciando a mudança que deverá ser concretizada até maio, segundo fonte da Prefeitura, para desagrado dos funcionárias do Arquivo Municipal e da própria Fundação Franklin Cascaes que recebeu a novidade esta semana durante reunião com o superintendente em exercício".
Lélia Pereira da Silva Nunes
Um amigo comum alertou sobre o post "Atenção Banco do Brasil - prédio cedido em comodato vai ser usado para outro fim" no teu blogue "Sambaqui na rede" e que acabo de ler. Como fui a Superintendente da época e por ti citada para "dirimir dúvidas", vou dar os esclarecimentos que sei quanto ao Termo de Comodato assinado entre a Fundação Franklin Cascaes e o Banco do Brasil, num primeiro momento e, posteriormente, entre a Prefeitura de Florianópolis e a Superintendência Estadual do Banco do Brasil de Santa Catarina.
Também quero te dizer, antes de mais nada, que me dei o trabalho de conferir as tuas informações e o teu alerta é verdadeiro e preocupante, sem dúvida nenhuma.
Vamos aos Fatos:
1. Foi assinado em praça pública, após um concerto de Natal, em dezembro de 1998, um protocolo de intenções entre a Fundação Franklin Cascaes e o Banco do Brasil, cuja a finalidade era a cessão do referido Prédio, área de cerca 600m², que sediou a primeira agência do BB, para abrigar um Centro de Cultura de Florianópolis, como o BB tem em outras capitais do Brasil. Este termo foi assinado por mim e pelo Superintendente do BB.
Foi uma longa caminhada para resolver os aspectos legais da cessão e a sua restauração. E quem assumiria o ônus na restauração daquele belo prédio de Art Déco. O Banco do Brasil de Florianópolis foi um grande parceiro desde o primeiro momento, participando de todas as fases da restauração daquele prédio que jazia abandonado. Participei diretamente de todas as etapas e até onde eu tenho conhecimento foi assinado um Termo de Comodato por um tempo determinado e com o fim específico de uso: abrigar um Centro Cultural, sendo no andar térreo para exposição do patrimônio cultural imaterial. Uma porta aberta para a cultura local: exposição de rendas, artesanato de referência, exposições temporárias de acordo com o calendário cultural do município. Até o grande Cofre que está na parte de baixo seria utilizado com exposições ligadas a história do B.do Brasil. Ali abrigaria, também, o Museu do Carnaval. Na parte lateral, cuja a porta abre para a rua Tiradentes, seria para realização de oficinas como a de adereços de carnaval, já desenvolvidas pela Aflov. A parte superior seria (e foi) destinada a Galeria Municipal de Arte Meyer Filho.
2. O termo de Comodato foi assinado entre a Prefeita Municipal e a Senhora Melânia, então Superintendente do BB e desconheço o seu conteúdo, pois deixei a Fundação em abril de 2004;
3. Por necessidade de espaço, naquele ano de 2004, decidiu-se alocar o Arquivo Municipal de Florianópolis, que pertence a Secretaria da Administração, no andar térreo do referido imóvel, contrariando o projeto inicial. No entanto, desconheço se o Termo de Comodato assinado alterou esta finalidade. E também reconheço que o acervo é valioso e merecia um espaço condigno. Todavia, na minha opinião, não devia ser o prédio do Banco do Brasil. Ali seria o Centro Cultural de Florianópolis.
4. Se o Prédio PERTENCE ainda ao Banco do Brasil e está cedido em Comodato para uso Cultural não pode ser dado outro destino, salvo melhor juízo. O que me informaram hoje à tarde é que parte do andar térreo será ocupada pela "UNIMED" dos funcionários da Prefeitura e já estão providenciando a mudança que deverá ser concretizada até maio, segundo fonte da Prefeitura, para desagrado dos funcionárias do Arquivo Municipal e da própria Fundação Franklin Cascaes que recebeu a novidade esta semana durante reunião com o superintendente em exercício".
Lélia Pereira da Silva Nunes
Ilustração: Gallo Sépia
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