27 de abr. de 2009

Depois da febre amarela e da dengue
GRIPE SUÍNA


26.4.2009 , às 19h41
NOTA À IMPRENSA


MINISTÉRIO DA SAÚDE
GABINETE PERMANENTE DE EMERGÊNCIAS

Ocorrências de casos humanos de
influenza suína no México e nos EUA


1. Até o momento, não há evidências da circulação do vírus da influenza suína em humanos no Brasil.

2. A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde foi notificada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo da existência de dois viajantes brasileiros procedentes do México, que desembarcaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e apresentaram alguns sintomas de doença não definida.

3. Os dois casos estão sendo investigados para identificar a causa do quadro clínico, mas NÃO ATENDEM à definição de caso suspeito de influenza suína por não apresentarem sinais e sintomas compatíveis com a doença: febre acima de 39ºC, acompanhada de tosse e/ou dores de cabeça, musculares e nas articulações.

4. Foi instituído nos aeroportos brasileiros o monitoramento dos viajantes procedentes das áreas afetadas. A Declaração de Bagagem Acompanhada (DBA), documento de preenchimento obrigatório, está sendo retida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para eventual busca de contatos se for detectado caso suspeito. O documento contém informações relativas à saúde do viajante.

5. Neste domingo, começaram a ser veiculados avisos sonoros nos cinco aeroportos que recebem voos internacionais procedentes do México e dos Estados Unidos, principais países afetados pela influenza suína. Os avisos, contendo informações sobre sinais e sintomas e orientações aos viajantes, estão sendo veiculados nos aeroportos internacionais de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Manaus e Fortaleza.

6. Todas as providências estão sendo adotadas para que as tripulações das aeronaves orientem os passageiros, ainda durante o voo, sobre sinais e sintomas da influenza suína. Passageiros com os sintomas deverão se identificar à tripulação e receberão orientações da ANVISA no aeroporto de desembarque.

7. Pessoas procedentes de áreas afetadas, nos últimos 10 dias, que apresentarem os sinais e sintomas acima descritos devem procurar a unidade de saúde mais próxima. Viajantes com destino às áreas afetadas devem estar atentos às recomendações dos governos locais.

Aos viajantes que se destinam às áreas afetadas:

· Usar máscaras cirúrgicas descartáveis, durante toda a permanência em áreas afetadas. Substituir as máscaras sempre que necessário.
· Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.
· Evitar locais com aglomeração de pessoas.
· Evitar o contato direto com pessoas doentes.
· Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
· Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
· Lavar as mãos freqüentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir ou espirrar.
· Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes a esses países.
· Não usar medicamentos sem orientação médica.

8. Não existe vacina contra esse vírus de influenza suína, responsável por essa Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.

9. A vacina utilizada na Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe, que está sendo realizada nesse momento no Brasil, direcionada à população com mais de 60 anos, destina-se somente a proteção contra a influenza sazonal e não protege contra a influenza suína. A Campanha segue normalmente até o próximo dia 8 de maio.

10. Desde 25 de abril de 2009, foi instituído o Gabinete Permanente de Emergência, no Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), para monitorar a situação e indicar as medidas adequadas ao país. Formado por representantes do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o grupo se reúne diariamente, em Brasília.

11. As Coordenações Estaduais de Vigilância em Saúde foram orientadas para notificar imediatamente a ocorrência de casos suspeitos ao Ministério da Saúde e recomenda-se aos profissionais de saúde das redes pública e privada que estejam atentos para a notificação de possíveis casos suspeitos.

12. Com relação à sanidade animal, no Brasil, não há suspeita ou registro de gripe suína causada pelo mesmo agente identificado nas áreas afetadas. Além disso, o consumo de produtos de origem suína não representa risco à saúde das pessoas.


SAIBA MAIS

Portal do Ministério da Saúde sobre a doença.

Alerta de emergência de saúde pública de importância internacional.
Ministério da Saúde/Gabinete Permanente de Emergências em Saúde Pública.

Plano brasileiro para o enfrentamento de uma pandemia de influenza.

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