Manifestantes dizem não
a estação em manguezal
a estação em manguezal
Protesto realizado há pouco (15h, 8.2) reuniu
principalmente moradores da Barra do Sambaqui,
que terá uma estação de tratamento
de esgoto mas ficará fora da coleta.
principalmente moradores da Barra do Sambaqui,
que terá uma estação de tratamento
de esgoto mas ficará fora da coleta.
A iniciativa foi completamente ignorada pela mídia. Nenhuma emissora de TV e rádio ou jornal cobriu a manifestação. Os moradores da Barra do Sambaqui voltam a se reunir na próxima terça-feira (10.2) às 19h30 no salão paroquial da Capela de São Sebastião. No próximo sábado (14.2), às 10 horas, haverá carreata com saída da Barra do Sambaqui em direção a Santo Antônio de Lisboa.
O vereador Ricardo Camargo Vieira (PC do B), residente no bairro, informou ter apresentado requerimento solicitando que a Casan informe os detalhes do projeto e as licenças ambientais. Nessa segunda-feira (9.2) ele vai propor a realização de uma audiência pública, na Barra de Sambaqui, com todas os órgãos e entidades envolvidas no projeto da rede de coleta e tratamento de esgotos do distrito de Santo Antônio de Lisboa.
A negativa da Casan em apresentar o projeto foi alvo de críticas de diversos oradores. Durante o ato também foram feitas cobranças ao prefeito Dário Berger, considerado omisso no caso. O Ibama, a Fatma e a Floram também não foram poupados.
O vereador Ricardo Camargo Vieira (PC do B), residente no bairro, informou ter apresentado requerimento solicitando que a Casan informe os detalhes do projeto e as licenças ambientais. Nessa segunda-feira (9.2) ele vai propor a realização de uma audiência pública, na Barra de Sambaqui, com todas os órgãos e entidades envolvidas no projeto da rede de coleta e tratamento de esgotos do distrito de Santo Antônio de Lisboa.
A negativa da Casan em apresentar o projeto foi alvo de críticas de diversos oradores. Durante o ato também foram feitas cobranças ao prefeito Dário Berger, considerado omisso no caso. O Ibama, a Fatma e a Floram também não foram poupados.
Resposta de Carlos Estrella a declações do presidente da Casan, Walmor de Luca, publicadas no Sambaqui na rede no último dia 6.2 (Walmor de Luca: Estação sai na marra").
"Caro jornalista Celso Martins:
Li no seu blog entrevista do Walmor de Luca, que merece ser respondida.
O palavreado atribuído ao Walmor de Luca nesta matéria, não é compatível com o nosso passado de correligionários, nem está no nível de um Presidente de Empresa Pública. Assim deixamos de responder à parte ofensiva da matéria, cujo linguajar chulo, resta vedado à permissão de acesso ao nosso vocabulário e linha respeitosa de tratamento da coisa pública.
Quanto à suposta ameaça de que impediríamos a obra, não a fiz, não tenho mais idade para tais arroubos, embora ambos já tenhamos idade para termos algumas deficiências auditivas, permitindo algum erro de decodificação.
No entanto contestamos no mérito a prepotente afirmação da autoridade pública ao se pensar licenciado a “FAZER QUALQUER COISA NA MARRA”, fato que já resolvemos no passado, com as nossas conquistas na luta contra a Ditadura. Vivemos num Estado democrático de direito, cuja segurança jurídica sempre se impõe em alguma das instâncias judiciais e sempre ao fim dos processos.
Não nos opomos ao tratamento de esgoto, pelo contrário, o desejamos. Mas diante da baixa credibilidade técnica nesta área, entendemos que o potencial poluidor deva apresentar, na forma da lei, as Licenças Ambientais do IBAMA, FLORAM e FATMA, o projeto final de engenharia, RIMA e todas as exigências legais, antes da realização de concorrência pública e emissão da Ordem de Serviço, o que não se fez neste caso, autorizando a comunidade a se preocupar com:
1. O projeto final legalmente exigido para licitar obra pública de engenharia, descomprometendo o erário com o que não sabe se poderá ser feito. É ilícito adjudicar obra apenas respaldada em ante-projeto, sem o rigor do projeto técnico e licenciamento legal exigido!
2. Apresentar justificativa técnica, econômica e social que lhe permita retirar a estação do local para o qual foi inicialmente projetada, o loteamento da empresa “VIDA NOVA”, cuja área maior, mais alta e distante do mar, é mais apropriada à segurança ambiental;
3. Também esperamos pela justificativa técnica para o deslocamento da ETE para a Barra, local ambientalmente mais sensível e de investimento mais vultoso, vez que as tubulações ao se dirigir para a foz do Rio Veríssimo, precisaram vencer a barreira da gravidade, por caminho de grande aclive. (Quer pela Rua Padre Rohr que passa no topo do Morro das Cobras, quer seja pela Rua Isid Dutra, em aclive desde a praia até o Morro da Cruz!
4. Faltam ainda credenciais de qualificação da CASAN nesta área, para que a nossa empresa pública, como desejamos, alcance credibilidade técnica no trato da questão sanitária;
5. A CASAN deve apresentar RIMA e um estudo sério das correntes marítimas para os seus “interceptores baianos”, revestindo de seriedade a comparação indevida, com o interceptor oceânico do Rio de Janeiro, cuja carga é lançada sete quilômetros longe da costa, numa região abissal de setecentos metros de profundidade, sob a pressão de setenta atmosferas. Sob esta pressão tudo se desfaz, o lodo fecal fica impedido de aflorar e de ser devolvido às praias pelos ventos!
6. São insuficientes as meras alegações da possibilidade do mesmo comportamento dos efluentes sanitários que a CASAN deseja lançar dentro da nossa Baia assoreada, com profundidade do canal mais profundo de apenas dois metros em certos locais, cujo restante da baia tem lâmina d’água inferior a um metro e é berço da exponencial maricultura brasileira;
7. Não concordamos que a direção da CASAN, depois do dano feito, adote como solução a aceitação de um “TAC compensatório”, daqueles feitos por empresa pública, para ser pago pela própria vítima, o mesmo contribuinte, duplamente prejudicado pelo dano causado.
Estamos certos de que o Ilustre companheiro do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, Walmor de Lucca, não irá resolver nada na marra, nem tem o direito de confundir o nosso dever de vigilância cidadã e participação na solução das questões públicas, das quais sempre nos ocupamos. É inquestionável o resultado da sua competência no trato das finanças, mas o que realmente se espera do administrador público é maior competência no trato operacional e dos objetivos sociais da empresa pública, que lhe foi confiada.
Afinal a CASAN não é uma empresa privada de fins lucrativos, cujo produto operacionalizado sirva apenas de mero instrumento de realização dos objetivos do capital dedicado à geração de riqueza.
Na empresa pública monopolista, o fim social é a prestação do bom serviço concessionado, onde a sua boa administração financeira serve como meio de assegurar o objetivo fim, que é exclusivamente a realização de um bom serviço público, pelo mais baixo custo possível.
Saudações
Carlos Estrella"
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