HOLOCAUSTO PALESTINO
O SILÊNCIO É CÚMPLICE DA INFâMIA
O SILÊNCIO É CÚMPLICE DA INFâMIA
Por Emanuel Medeiros Vieira
Foto: Steven Erlanger/New York Times. Publicada em 22.1.2009.
Em memória do meu querido amigo Adolfo Luiz Dias, quando se completam dez anos de sua morte (28 de janeiro de 1999). (*)
"Vão! E levem daqui a morte de vocês"
Mahmoud Darwish (1941-2008) - Poeta palestino
Mahmoud Darwish (1941-2008) - Poeta palestino
"Os alemães mataram seis milhões de judeus, e epenas seis anos depois os judeus fizeram a paz com a Alemanha. Conosco, os judeus não querem a paz."
Richard Hussein - Outro poeta palestino
Richard Hussein - Outro poeta palestino
Mahmoud, o poeta nacional palestino, foi aquele que escreveu "Confissão de um terrorista!", cujos versos iniciais são:"Ocuparam minha pátria/Expulsaram meu povo/Anularam minha identidade/E me chamaram de terrorista."
Uma guerra não termina com o armistício. Ficam as muletas, os órfãos, as viúvas, as casas destruídas, a devastação total.
Faixa de Gaza!
O Exército de Israel - formalmente, não usava a suástica - , foi embora.
Deixou o conhecido rastro de horror, sangue, dor, morte.
Tantas crianças que poderiam estar aqui agora.
O mais doloroso talvez seja a cumplicidade e a omissão de grande parcela da mídia hegemônica e de tantas pessoas que se consideram humanistas.
Há algo que parece até inconsciente: o tremendo medo de Israel, de suas penas alugadas, de seu imenso poder econômico, de sua mídia adestrada em todo o mundo.
Pois Israel crê que esteja acima do bem e do mal, das resoluções da ONU, e que seu povo tem o monopólio da dor.
"Colegas" não querem que seus futuros interesses sejam perturbados.
Há sobrenomes poderosos e influentes. Donos do grande capital financeiro e de editoras (uma delas talvez seja a principal do país).
Ou publicam regularmente em jornais - camufladamente ou não - sionistas.
Por isso, a vaidade de certas pessoas fala mais alto que o sentimento humanista e de honra pessoal. Querem publicar por uma editora famosa.
"Não vou brigar com essa gente", devem pensar alguns.
O silêncio é cúmplice da infâmia.
"Assassinaram minhas alegrias,/Sequestraram minhas esperanças,/Algemaram meus sonhos,/Quando recusei todas as barbáries/Eles.. mataram um terrorista!"
(Final do poema citado no início.)
Uma guerra não termina com o armistício. Ficam as muletas, os órfãos, as viúvas, as casas destruídas, a devastação total.
Faixa de Gaza!
O Exército de Israel - formalmente, não usava a suástica - , foi embora.
Deixou o conhecido rastro de horror, sangue, dor, morte.
Tantas crianças que poderiam estar aqui agora.
O mais doloroso talvez seja a cumplicidade e a omissão de grande parcela da mídia hegemônica e de tantas pessoas que se consideram humanistas.
Há algo que parece até inconsciente: o tremendo medo de Israel, de suas penas alugadas, de seu imenso poder econômico, de sua mídia adestrada em todo o mundo.
Pois Israel crê que esteja acima do bem e do mal, das resoluções da ONU, e que seu povo tem o monopólio da dor.
"Colegas" não querem que seus futuros interesses sejam perturbados.
Há sobrenomes poderosos e influentes. Donos do grande capital financeiro e de editoras (uma delas talvez seja a principal do país).
Ou publicam regularmente em jornais - camufladamente ou não - sionistas.
Por isso, a vaidade de certas pessoas fala mais alto que o sentimento humanista e de honra pessoal. Querem publicar por uma editora famosa.
"Não vou brigar com essa gente", devem pensar alguns.
O silêncio é cúmplice da infâmia.
"Assassinaram minhas alegrias,/Sequestraram minhas esperanças,/Algemaram meus sonhos,/Quando recusei todas as barbáries/Eles.. mataram um terrorista!"
(Final do poema citado no início.)
Emanuel Medeiros Vieira
(Brasília, janeiro de 2009)
(Brasília, janeiro de 2009)
(*) Foto: Rivaldo de Souza (UFSC, Florianópolis-SC, final da década de 1970)
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